quinta-feira, 15 de abril de 2010

E P I C A - Part II



    ... e então chegou o dia pelo qual eu  tanto ansiava! Finalmente o calendário marcava 28 de Março! Seria desta que veria  Epica ao vivo? Desta vez  (e, ao contrário da triste manhã de 1 de Novembro que foi quando dei conta de que o concerto desse mesmo dia tinha sido cancelado por problemas de saúde da Simone) tudo correu como previsto. E, por volta das 15 e pouco chegava eu a Lisboa onde o Cláudio já estava a minha espera e, nesses dois dias em que por lá fiquei ele ía estar por minha conta! Á medida que o tempo passava a excitação aumentava. Cheguei a Almada cerca das 18 horas e á porta da Incrível Almadense onde ía ser o espectáculo encontrava-se já uma grande fila de fãs apesar das portas só abrirem as 20 horas! Então lá entramos, á hora prevista! Gostei do sítio que é bastante acolhedor, ideal para este tipo de concertos mais íntimos e que assim tornam o ambiente mais especial, e, com algum esforço lá consegui ir pra melhor parte da sala: a frente do palco como é óbvio! A abertura foi com os nacionais Fantasy Opus que tocam um power/heavy metal musculado, confesso que nunca tinha ouvido falar deles mas gostei do espectáculo que deram com o público a aderir duma maneira muito positiva! A ansiedade aumentava e isso sentia-se muito bem entre todos. Então, ás 21.30 o momento tão aguardado tem início! Apenas com a iluminação dos projectores por detrás do palco começamos a ouvir o majestoso tema que serve de introdução ao ultimo álbum, Samadhi (Prelude), e a sala enche-se de gritos e aplausos á medida que os membros masculinos da banda entram em palco adivinhando que a seguir se seguia Resign To Surrender (A New Age Dawns - Part IV). Eis então que entra em cena a diva do metal sinfónico Simone Simons. Vê-la entrar em palco é algo único, surreal até... A presença que esta mulher de 26 anos têm é algo de inexplicável! Tocaram temas do ultimo trabalho como Unleashed, Martyr Of The Free World, Kingdom Of Heaven, sendo um dos pontos altos da noite quando tocaram  Tides Of Time, tema antecedido dum pequeno discurso de Simone em que explicava o cancelamento do espectáculo de Novembro! Confesso que ouvir este maravilhoso tema me deixou com lágrimas nos olhos! E claro que não faltaram clássicos antigos, Cry For The Moon foi outro ponto alto da noite, destaque também para Sensorium, Mother Of Light, Quietus, The Obsessive Devotion, Sancta Terra e The Last Crusade. Com pena minha não tocaram o fantástico The Phantom Agony mas, acabaram com chave de ouro ao interpretarem o épico Consign To Oblivion. Era perto das 23.20 quando deram por terminada a actuação, e, entre palmas e cumprimentos da praxe lá sairam do palco! Quase duas horas de grande espectáculo onde houve sempre uma grande interacção entre a banda e o público presente! Já cá fora tive o prazer de conhecer os guitarristas Mark Jansen e Isaac Delahaye e o baterista Arien van Weesenbeek e com eles tive uma conversa o mais descontraída possível! Quando perguntei a Arien como tinha sido o concerto na noite anterior em Madrid ele respondeu um pouco atrapalhado mas com uma certa sinceridade algo do género: Bem, não é por estar a falar contigo e seres português mas vocês são um público muito caloroso. Eu dei por mim quase a rebentar a bateria incentivado pela vossa reacção, vocês puxaram muito por nós... Depois disso tudo surgiu-se uma after-party com a banda  num simpático bar da zona, entrei na esperança de conhecer a Simone o que não aconteceu porque tive que sair antes da chegada deles. Seja como for, foi uma daquelas noites que só alguns como eu conseguirão explicar, e quem lá esteve sabe do que estou a falar. Fica a saudade misturada com uma estranha nostalgia. Espero que regressem depressa.

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