terça-feira, 16 de março de 2010

Lost

    

   Pode até parecer cliché mas a vida é de facto muito injusta.
Passava pouco das 3 da manhã quando ontem saía sozinho do bar dum amigo meu. E, deambulando pelas ruelas da cidade que me levariam ao carro que por sua vez me levaria a casa pensei para comigo que, se as coisas fossem diferentes, se fossem de outra maneira, se as situações fossem outras, talvez então...



terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Este mundo eu desprezo


   Todos nós a certa altura da vida fazemos escolhas. Fazemos escolhas consoante aquilo que somos  e aquilo em que acreditamos, e, assim decidimos por que caminhos construir o futuro. A meu ver temos duas opções: uma, em que supostamente somos fieis ás nossas crenças e ao nosso coração. A outra, em que simplesmente não olhamos a meios para obter os fins. Eu, e apesar da minha rebeldia, escolhi ser bonzinho e fazer, ou tentar fazer tudo certo esforçando-me para não magoar nem prejudicar os outros. Mas, e fazendo uma retrospectiva, onde é que isso me levou? Onde estão os meus frutos? Eu não preciso, eu não quero que me digam mais nenhuma vez: Ah, e tal, deviam ser todos como tu, vais ver que um dia blá blá blá... E eu pergunto o porquê de já ter ouvido isso vezes sem conta. Mas serem todos como eu porquê? Para quê? Patético. Se alguém por acaso até tiver a ler isto pode legitimamente perguntar-me se estou a falar de mulheres. Posso estar. Posso não estar... Vivemos a mil á hora num mundo de consumismo onde sinceridade e honestidade possuem uma baixa cotação, e a única coisa que importa é o nosso prazer e bem estar, mesmo que isso signifique magoar alguém... Pois bem, a mim já me fizeram chorar, já me fizeram sofrer. E, mesmo assim levantei-me e pensei: Não, nem todas as pessoas são iguais, por causa dumas não podem pagar outras... Agora deparo-me com um dilema. Cada vez mais são aquelas que eu pensava serem diferentes, especiais, pessoas que eu pensava serem dum mundo á parte. Do meu mundo. São agora essas que me levam ao calvário, que me cruxificam. Essas, por quem eu era capaz de derramar sangue, quem um dia eu pus num altar, são essas agora que me desprezam, são essas que me levam ao cadafalso. São essas que me têm matado lentamente. As vezes é preferivel conhecer só a parte de fora das pessoas. Algumas não são mais do que gado desprezível. Animais que nos enganam com manhas e astúcia apurada pela prática... Acho que vou fazer inversão de marcha e seguir outro caminho, já quase não tenho coração e o meu sangue tá quase seco. Cansei-me de lutar por utopias, por ideais á muito esquecidos. Eu não nasci para ser mártir, é tempo de vestir o manto de lobo...

sábado, 26 de dezembro de 2009

Memoirs of a Geisha



 The heart dies a slow death, shedding each hope like leaves...
...until one day there are none. No hopes. Nothing remains.

She paints her face to hide her face. Her eyes are deep water.
It is not for geisha to want.
It is not for geisha to feel.
Geisha is an artist of the floating world.
She dances. She sings. She entertains you. Whatever you want...

The rest is shadows... The rest is secret.




quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Natal?


    Quando era puto gostava do Natal. Gostava da sensação dum embrulho por desatar, qual é a criança inocente que não gosta! Acreditava no pai natal, nas renas, nos anões... Podia estar com a família agora mas tou a escrever este post que ninguem virá ler, e por conseguinte tou a perder o meu tempo. Seja como for, o que é o Natal? Qual o significado dos votos de bom natal que tanto apregoamos nesta época? 99% das vezes é pura hipocrisia, o que até  faz todo o sentido porque muitos de nós passamos o ano inteiro a ser hipócritas e cínicos, então, porque não haviamos de ser nesta altura tambêm? Não me parece que o espirito de Natal se encontre num puto mimado a exigir um telemovel topo de gama com não sei quantos mega pixeis e mais-sei-lá-o-quê ou num político com uma criança ao colo só pra posteridade  porque se tornou moda. Não acho que o Natal seja uma avenida com lojas infestadas de neons que praticamente nos hipnotizam pra comprar o que até nem queremos mas, e até porque é Natal fica bem! Eu não acho e não me parece que isto seja Natal, no entanto, e no dicionario da hipocrisia é esta a definição de Natal... Pai Natal? Renas? Anões? Só se for no circo...Felizmente, ainda há  quem se lembre da história de alguêm que nasceu há muitos anos  atrás e que trouxe uma mensagem de paz, amor, partilha e união, ainda há quem recorde essa historia e é por isso que ainda vale a pena celebrar esta data. Porque sinceramente, o 'vosso' natal eu dispenso...

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

The hero within


     Como qualquer miudo de tenra idade sempre andei no mundo da lua! Imaginava mundos fantásticos onde eu era o herói e salvava o dia, e, consequentemente ficava com a miuda! Chegava a fazer fatos de guerreiro e armas colossais e por lá andava, alienado a tudo a lutar contra demónios irreais.  Imaginava-me um guerreiro com super-poderes a cavalgar pelas florestas e pelas montanhas ou então noutras vezes a voar para lá do infinito! E sabia-me bem! Na minha inocência gostava da sensação de ser um herói-do-faz-de-conta, de por breves instantes ser o Herói, o salvador... Os anos passam, mas há coisas que nunca mudam. Ás vezes dou por mim, nostálgico, a querer ser o herói de outrora, a querer cavalgar os prados outra vez ou a voar sobre os oceanos. E sinto um arrepio na espinha, sinto uma força tão grande dentro de mim como se fosse um Super-Herói  de verdade, por breves instantes sinto um poder capaz de mudar o mundo.  Mas, desta vez é diferente... Acho que todos nós, numa ou noutra altura sentimos algo parecido, sentimos que queremos marcar a diferença neste mundo de facto cruel. Quero a minha armadura e a minha velha espada de volta, quero os meus super-poderes, quero voltar a sentir o vento no meu cabelo nas minhas cavalgadas imaginárias na luta contra o Mal, quero isso tudo, por uma última vez... O único problema em ser Super-Herói, é que no fim não há ninguém que nos salve a nós.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

A funeral of black feathers


O cheiro duma primavera que nunca chegará
A cor de mil rosas que eu nunca verei
O sorriso que não será para mim
O abraço que eu nunca terei
Um funeral de penas negras
Repleto de espinhos o meu jardim


quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Desejo

Quero o teu nome escrito
  
em todo o meu corpo.

Quero tatuar o teu corpo no meu.

Mesmo que não me queiras,

foste tu quem eu escolhi.

Só tu, mais ninguém.

Foi o Céu que me falou de ti...