... e então chegou o dia pelo qual eu tanto ansiava! Finalmente o calendário marcava 28 de Março! Seria desta que veria Epica ao vivo? Desta vez (e, ao contrário da triste manhã de 1 de Novembro que foi quando dei conta de que o concerto desse mesmo dia tinha sido cancelado por problemas de saúde da Simone) tudo correu como previsto. E, por volta das 15 e pouco chegava eu a Lisboa onde o Cláudio já estava a minha espera e, nesses dois dias em que por lá fiquei ele ía estar por minha conta! Á medida que o tempo passava a excitação aumentava. Cheguei a Almada cerca das 18 horas e á porta da Incrível Almadense onde ía ser o espectáculo encontrava-se já uma grande fila de fãs apesar das portas só abrirem as 20 horas! Então lá entramos, á hora prevista! Gostei do sítio que é bastante acolhedor, ideal para este tipo de concertos mais íntimos e que assim tornam o ambiente mais especial, e, com algum esforço lá consegui ir pra melhor parte da sala: a frente do palco como é óbvio! A abertura foi com os nacionais Fantasy Opus que tocam um power/heavy metal musculado, confesso que nunca tinha ouvido falar deles mas gostei do espectáculo que deram com o público a aderir duma maneira muito positiva! A ansiedade aumentava e isso sentia-se muito bem entre todos. Então, ás 21.30 o momento tão aguardado tem início! Apenas com a iluminação dos projectores por detrás do palco começamos a ouvir o majestoso tema que serve de introdução ao ultimo álbum, Samadhi (Prelude), e a sala enche-se de gritos e aplausos á medida que os membros masculinos da banda entram em palco adivinhando que a seguir se seguia Resign To Surrender (A New Age Dawns - Part IV). Eis então que entra em cena a diva do metal sinfónico Simone Simons. Vê-la entrar em palco é algo único, surreal até... A presença que esta mulher de 26 anos têm é algo de inexplicável! Tocaram temas do ultimo trabalho como Unleashed, Martyr Of The Free World, Kingdom Of Heaven, sendo um dos pontos altos da noite quando tocaram Tides Of Time, tema antecedido dum pequeno discurso de Simone em que explicava o cancelamento do espectáculo de Novembro! Confesso que ouvir este maravilhoso tema me deixou com lágrimas nos olhos! E claro que não faltaram clássicos antigos, Cry For The Moon foi outro ponto alto da noite, destaque também para Sensorium, Mother Of Light, Quietus, The Obsessive Devotion, Sancta Terra e The Last Crusade. Com pena minha não tocaram o fantástico The Phantom Agony mas, acabaram com chave de ouro ao interpretarem o épico Consign To Oblivion. Era perto das 23.20 quando deram por terminada a actuação, e, entre palmas e cumprimentos da praxe lá sairam do palco! Quase duas horas de grande espectáculo onde houve sempre uma grande interacção entre a banda e o público presente! Já cá fora tive o prazer de conhecer os guitarristas Mark Jansen e Isaac Delahaye e o baterista Arien van Weesenbeek e com eles tive uma conversa o mais descontraída possível! Quando perguntei a Arien como tinha sido o concerto na noite anterior em Madrid ele respondeu um pouco atrapalhado mas com uma certa sinceridade algo do género: Bem, não é por estar a falar contigo e seres português mas vocês são um público muito caloroso. Eu dei por mim quase a rebentar a bateria incentivado pela vossa reacção, vocês puxaram muito por nós... Depois disso tudo surgiu-se uma after-party com a banda num simpático bar da zona, entrei na esperança de conhecer a Simone o que não aconteceu porque tive que sair antes da chegada deles. Seja como for, foi uma daquelas noites que só alguns como eu conseguirão explicar, e quem lá esteve sabe do que estou a falar. Fica a saudade misturada com uma estranha nostalgia. Espero que regressem depressa.
quinta-feira, 15 de abril de 2010
terça-feira, 16 de março de 2010
Lost
Pode até parecer cliché mas a vida é de facto muito injusta.
Passava pouco das 3 da manhã quando ontem saía sozinho do bar dum amigo meu. E, deambulando pelas ruelas da cidade que me levariam ao carro que por sua vez me levaria a casa pensei para comigo que, se as coisas fossem diferentes, se fossem de outra maneira, se as situações fossem outras, talvez então...
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Este mundo eu desprezo
Todos nós a certa altura da vida fazemos escolhas. Fazemos escolhas consoante aquilo que somos e aquilo em que acreditamos, e, assim decidimos por que caminhos construir o futuro. A meu ver temos duas opções: uma, em que supostamente somos fieis ás nossas crenças e ao nosso coração. A outra, em que simplesmente não olhamos a meios para obter os fins. Eu, e apesar da minha rebeldia, escolhi ser bonzinho e fazer, ou tentar fazer tudo certo esforçando-me para não magoar nem prejudicar os outros. Mas, e fazendo uma retrospectiva, onde é que isso me levou? Onde estão os meus frutos? Eu não preciso, eu não quero que me digam mais nenhuma vez: Ah, e tal, deviam ser todos como tu, vais ver que um dia blá blá blá... E eu pergunto o porquê de já ter ouvido isso vezes sem conta. Mas serem todos como eu porquê? Para quê? Patético. Se alguém por acaso até tiver a ler isto pode legitimamente perguntar-me se estou a falar de mulheres. Posso estar. Posso não estar... Vivemos a mil á hora num mundo de consumismo onde sinceridade e honestidade possuem uma baixa cotação, e a única coisa que importa é o nosso prazer e bem estar, mesmo que isso signifique magoar alguém... Pois bem, a mim já me fizeram chorar, já me fizeram sofrer. E, mesmo assim levantei-me e pensei: Não, nem todas as pessoas são iguais, por causa dumas não podem pagar outras... Agora deparo-me com um dilema. Cada vez mais são aquelas que eu pensava serem diferentes, especiais, pessoas que eu pensava serem dum mundo á parte. Do meu mundo. São agora essas que me levam ao calvário, que me cruxificam. Essas, por quem eu era capaz de derramar sangue, quem um dia eu pus num altar, são essas agora que me desprezam, são essas que me levam ao cadafalso. São essas que me têm matado lentamente. As vezes é preferivel conhecer só a parte de fora das pessoas. Algumas não são mais do que gado desprezível. Animais que nos enganam com manhas e astúcia apurada pela prática... Acho que vou fazer inversão de marcha e seguir outro caminho, já quase não tenho coração e o meu sangue tá quase seco. Cansei-me de lutar por utopias, por ideais á muito esquecidos. Eu não nasci para ser mártir, é tempo de vestir o manto de lobo...
sábado, 26 de dezembro de 2009
Memoirs of a Geisha
The heart dies a slow death, shedding each hope like leaves...
...until one day there are none. No hopes. Nothing remains.
She paints her face to hide her face. Her eyes are deep water.
It is not for geisha to want.
It is not for geisha to feel.
Geisha is an artist of the floating world.
She dances. She sings. She entertains you. Whatever you want...
The rest is shadows... The rest is secret.
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
Natal?
Quando era puto gostava do Natal. Gostava da sensação dum embrulho por desatar, qual é a criança inocente que não gosta! Acreditava no pai natal, nas renas, nos anões... Podia estar com a família agora mas tou a escrever este post que ninguem virá ler, e por conseguinte tou a perder o meu tempo. Seja como for, o que é o Natal? Qual o significado dos votos de bom natal que tanto apregoamos nesta época? 99% das vezes é pura hipocrisia, o que até faz todo o sentido porque muitos de nós passamos o ano inteiro a ser hipócritas e cínicos, então, porque não haviamos de ser nesta altura tambêm? Não me parece que o espirito de Natal se encontre num puto mimado a exigir um telemovel topo de gama com não sei quantos mega pixeis e mais-sei-lá-o-quê ou num político com uma criança ao colo só pra posteridade porque se tornou moda. Não acho que o Natal seja uma avenida com lojas infestadas de neons que praticamente nos hipnotizam pra comprar o que até nem queremos mas, e até porque é Natal fica bem! Eu não acho e não me parece que isto seja Natal, no entanto, e no dicionario da hipocrisia é esta a definição de Natal... Pai Natal? Renas? Anões? Só se for no circo...Felizmente, ainda há quem se lembre da história de alguêm que nasceu há muitos anos atrás e que trouxe uma mensagem de paz, amor, partilha e união, ainda há quem recorde essa historia e é por isso que ainda vale a pena celebrar esta data. Porque sinceramente, o 'vosso' natal eu dispenso...
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
The hero within
Como qualquer miudo de tenra idade sempre andei no mundo da lua! Imaginava mundos fantásticos onde eu era o herói e salvava o dia, e, consequentemente ficava com a miuda! Chegava a fazer fatos de guerreiro e armas colossais e por lá andava, alienado a tudo a lutar contra demónios irreais. Imaginava-me um guerreiro com super-poderes a cavalgar pelas florestas e pelas montanhas ou então noutras vezes a voar para lá do infinito! E sabia-me bem! Na minha inocência gostava da sensação de ser um herói-do-faz-de-conta, de por breves instantes ser o Herói, o salvador... Os anos passam, mas há coisas que nunca mudam. Ás vezes dou por mim, nostálgico, a querer ser o herói de outrora, a querer cavalgar os prados outra vez ou a voar sobre os oceanos. E sinto um arrepio na espinha, sinto uma força tão grande dentro de mim como se fosse um Super-Herói de verdade, por breves instantes sinto um poder capaz de mudar o mundo. Mas, desta vez é diferente... Acho que todos nós, numa ou noutra altura sentimos algo parecido, sentimos que queremos marcar a diferença neste mundo de facto cruel. Quero a minha armadura e a minha velha espada de volta, quero os meus super-poderes, quero voltar a sentir o vento no meu cabelo nas minhas cavalgadas imaginárias na luta contra o Mal, quero isso tudo, por uma última vez... O único problema em ser Super-Herói, é que no fim não há ninguém que nos salve a nós.
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
A funeral of black feathers
O cheiro duma primavera que nunca chegará
A cor de mil rosas que eu nunca verei
O sorriso que não será para mim
O abraço que eu nunca terei
Um funeral de penas negras
Repleto de espinhos o meu jardim
Subscrever:
Mensagens (Atom)